EB1 de MAÇAINHAS– Guarda – Portugal
Agrupamento de Escolas Carolina Beatriz Ângelo
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domingo, 23 de outubro de 2011

Texto criativo

A proposta era continuar a história de uma sementinha que tinha sido levada pelo vento e que um dia se iriam reencontar…

A Érica imaginou e escreveu este bonito diálogo.

O VENTO E A SEMENTE


- Olá de novo, sementinha! Eu bem disse que nos íamos reencontrar.

- Acho que tinhas razão.

- E então como é que andas? Tens menos que fazer?

- Eu, eu não! Tenho muitas mais coisas que fazer do que antes.

- Como, por exemplo?

-Tenho que encontrar uma boa terra, brincar com outras sementes e obedecer às sementes mais velhas.

-Tanta coisa! Mas eu também tenho muito que fazer.

- Então?

- Eu tenho que dar um sopro às sementes e enterrá-las para darem belas flores amarelas, vermelhas, brancas, roxas …

- Não vais fazer isso a mim, pois não?

- Desculpa, mas é o meu dever. Porque se eu não o fizer a minha mãe, D.Ventania, dá-me chineladas. Por isso cá vai disto: UUUUUUU… UUUUUUU…

Tão forte foi o sopro que a semente foi enterrada.

Deu uma flor que nunca ninguém tinha visto: com tonalidades roxas, amarelas, vermelhas, cor-de-laranja … Parecia um arcoíris.

E quando as pessoas a viam e a queriam arrancar, ela fazia: UUUUUUU… UUUUUUU…

E as pessoas fugiam logo.

Então ela, em voz baixinha, no seu abrigo confortável, dizia:

-Obrigadinha, vento, por me ensinares a tua canção fantástica e por me soprares e me tornares nesta flor de luxo.

- De nada. Mas agora tenho de me ir embora.

- Não podes ficar mais um bocadinho?

- Não, porque se não a minha mãe, D.Ventania, castiga-me.

-Então, adeus.

-Adeus.

-Espero que nos voltemos a ver um dia.

-Também eu.

-Vai-te embora mas leva umas bolachas para a tua mãe e pede-lhe desculpa por mim. E eu já lhe vou mandar uma carta.

- Obrigado.

- De nada.

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