Mas também pode chover outras coisas… se tivermos muita imaginação.
Foi proposto aos alunos do 4º ano que escrevessem um texto imaginando que chovia aquilo que eles quisessem.
A Beatriz escreveu esta prosa, bem engraçada…
Num belo dia de Primavera, o Zé da Horta (assim chamado lá na aldeia) saiu de casa para ir para o campo. De repente, viu cair uma coisa do céu. Qual não foi o espanto quando descobriu que era uma galinha. Pegou nela e foi logo a correr para a aldeia anunciar o milagre.
As pessoas puseram a galinha no altar, como se fosse uma santa, e o Zé da Horta ficou lá a guardá-la, toda a noite.
No dia seguinte, a galinha já tinha posto um ovo. O Zé da Horta disse logo:
- Bem, com este ovo vou fazer uma omolete.
Ele tentou partir o ovo de todas as maneiras… mas não conseguiu.
Já chateado com a situação, levou o ovo ao ferreiro da aldeia. Este também não o conseguiu partir e disse ao Zé da Horta para deixar ficar o ovo que não prestava para comer. E o Zé da Horta foi embora.
O ferreiro, muito esperto, tinha percebido logo que o ovo era de ouro e ficou com ele.
No dia seguinte, o milagre aconteceu outra vez, mas desta vez choveram muitas galinhas.
O ferreiro, todo lampeiro, foi bater a todas as portas para ver se arranjava mais ovos de ouro mas teve azar: a única que punha ovos de ouro era a do Zé da Horta e ele, como pensava que os ovos não prestavam, matou a galinha e fez uma canja. E estava muito saborosa!
O espertalhão do ferreiro ficou a chupar no dedo: nem ovos de ouro, nem galinhas para comer.
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