Sim, é possível viver certas peripécias sem sair do lugar onde estamos. Basta imaginar. Foi o que fez a Ana.
Leiam este texto e embarquem também nesta aventura.
Fui apanhar cogumelos
Numa bela tarde de outono, eu, o Rodrigo, o Gabriel, a Alice, a Inês, a Maria e o Lucas fomos ao pinhal.
Havia pinheiros enormes, muito altos, cheios de pinhas com resina. O chão coberto por folhas secas e de várias cores fazia barulho por onde se passava; plás… plás…
Era tudo muito lindo. Até os pássaros chilreavam! E só se sentia uma brisa fininha, pois estava calor.
- Já estamos perto. – disse a Alice.
E a Inês comentou:
- Ainda bem. Estou ansiosa.
E começámos a cantar:
“ Da roda dos alimentos,
de tudo devo comer… “
- Já chegámos! – disse eu.
- Então vamos lá começar. – propôs o Gabriel.
Com os cestos nos braços, começámos a apanhar.
Vimos míscaros e tortulhos que tratámos de apanhar.
- Vamos mais para a frente! Vi uma caverna. – exclamou a Maria.
Quando chegámos, olhámos e vimos que era uma caverna de uma ursa castanha, olhos verdes e bastante gorda.
- Tenho medo. – dissemos eu e a Inês.
- Calma. – aconselharam a Alice e a Maria.
- Vamos entrar em bicos de pés. – sugeriu o Rodrigo.
E o Gabriel acrescentou:
- Tenham cuidado, para não tropeçarem nas pedras que há no chão.
E entrámos.
Mas, a desastrada da Inês tropeçou numa pedra.
A ursa acordou e nós, cheias de medo, tivemos de manter a calma.
- Ainda bem que trouxe a bola. – disse o Lucas.
E lançou a bola aos olhos da ursa e nós saímos a correr.
A Inês desmaiou, ao ouvir os bramidos da ursa.
O Gabriel e o Rodrigo levaram a Inês ao colo, o Rodrigo segurando nas costas e o Gabriel nas pernas.
Levaram-na para o hospital.
Lá, acordou. Tiveram de lhe dizer que tinha sido só um sonho.
E fomos comer os cogumelos à casa da Maria.
Aprendemos que, às vezes, é melhor não entarmos em locais que não conhecemos.
Ana, 3º ano